PACIENTES COM FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA DESCRITOS PELA RELAÇÃO AERÓBICA E ANAERÓBIA

Resumo

INTRODUÇÃO: Pacientes com fibrose pulmonar idiopática (FPI) apresentam redução na capacidade de consumo de oxigênio, provocando alterações metabólicas com maior ativação da via glicolítica e, consequentemente, a produção de lactato e maior sobrecarga mecânica cardíaca. Tal quadro abreviaria o alcance da saturação de oxigênio e a taquicardia, especialmente sob estímulos da prática de exercícios físicos. Logo, estimar a relação entre essas variáveis pode indicar adaptação fisiológica favorável a um estilo de vida ativo. OBJETIVO: Correlacionar as variáveis frequência cardíaca (FC), saturação de oxigênio (SpO2) e níveis de Lactato em pacientes com FPI.  MÉTODO: Foram estimadas as diferenças para os momentos inicial e final das variáveis FC e SpO2. Aferidos níveis de lactato em Repouso, Final, 3º e 5º min pós sessão, e distância percorrida (DS). Os pacientes avaliados em dois tempos, Mês 1 (M1), foram submetidos a um programa de exercício resistido progressivo durante 3 meses e avaliados no Mês 3 (M3).O Teste de Shapiro-Wilk investigou normalidade, determinando a estimativa de correlação de Kendall (a=0,05), expressão da diferença entre a probabilidade de duas variáveis  guardarem a mesma ordem nos dados ou ordens diferentes. O estudo foi aprovado pelo CEP institucional sob o número CAAE-30642920.8.0000.5259. RESULTADOS: Avaliados 10 pacientes, 9 homens. Em M1, as correlações de Kendall significativas foram FC Final x 5º Min (t=0,49; valor-p=0,03); FC x Final (t=0,47; valor-p=0,02), e FC Final (t=0,73; valor-p=0,03); e SpO2 x SpO2 Final (t=0,49; valor-p=0,04). Em M3, a significância se estabeleceu em FC Inicial x Distância (t=-0,49; valor-p=0,03); SpO2 Final x 5º Min (t=0,51; valor-p=0,03); FC x Final (t=0,54; valor-p=0,04); e SpO2 x SpO2 Final (t=0,96; valor-p=0,02).  Os resultados significativos reforçam a influência de intervenientes (sono e quadro emocional, por exemplo), e salientam a necessidade de continuidade para efeito cumulativo dos estímulos, levando a adaptações fisiológicas compensatórias do quadro clínico. Tal ideia foi potencializada em SpO2 x SpO2 Final com aumento de 47,00% (96,00% - 49,00%) na manutenção da ordem dos valores das variáveis. Em M3, o erro=4,00% foi acompanhado pelo risco=2,00% de um valor não corresponder ao exposto. Portanto, substancializando o positivo impacto clínico da intervenção disponibilizada, garantindo a significância clínica do estudo. CONCLUSÃO: A partir dos resultados sugere-se que o programa de treinamento se mostra eficiente em função do número de voluntários que demonstraram capacidade de adaptação indicada pelas estimativas de correlação entre a saturação do oxigênio, a frequência cardíaca e os níveis de lactato sendo acompanhada da adaptação respiratória.