PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA PARTICIPANTES DE UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO PULMONAR ATRAVÉS DA DANÇA

Authors

  • Samantha Santos Pereira Laboratório de Reabilitação Pulmonar, Policlínica Piquet Carneiro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPC/UERJ)
  • Sarah Carneiro Portela Laboratório de Reabilitação Pulmonar, Policlínica Piquet Carneiro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPC/UERJ)
  • Lorrana Cristina Nunes Amaral Laboratório de Reabilitação Pulmonar, Policlínica Piquet Carneiro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPC/UERJ)
  • Victor Novaes Siqueira Laboratório de Reabilitação Pulmonar, Policlínica Piquet Carneiro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPC/UERJ)
  • Thaís Ferreira de Andrade Lima Laboratório de Reabilitação Pulmonar, Policlínica Piquet Carneiro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPC/UERJ)
  • Juliana Ivan Soares Laboratório de Reabilitação Pulmonar, Policlínica Piquet Carneiro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPC/UERJ)
  • Yves Raphael de Souza Laboratório de Reabilitação Pulmonar, Policlínica Piquet Carneiro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPC/UERJ)
  • Cláudia Henrique da Costa Laboratório de Reabilitação Pulmonar, Policlínica Piquet Carneiro - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPC/UERJ)

Keywords:

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Pacientes Ambulatoriais, Serviços de Reabilitação

Abstract

Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por uma obstrução do fluxo aéreo pulmonar. Dentro de possíveis intervenções, a reabilitação pulmonar (RP) é composta por exercícios específicos com intuito de melhorar a capacidade funcional e respiratória do paciente, gerando melhorias em sua qualidade de vida. Objetivo: Traçar o perfil clínico de pacientes com DPOC participantes de um serviço de RP através da dança. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo de abordagem quantitativa. O estudo foi realizado na Policlínica Piquet Carneiro (PPC/UERJ) no período de Abril a Agosto de 2025. A técnica de amostragem foi do tipo não probabilística, obedecendo a demanda da rotina do setor. Foram incluídos no estudo pacientes com diagnóstico de DPOC, com idade acima de 40 anos, com ausência de exacerbação aguda nos últimos 30 dias e fazendo uso regular de suas medicações. Foram excluídos pacientes com incapacidade cognitiva, com dados incompletos e que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram coletados os dados sociodemográficos (idade e sexo) e clínicos (Índice de Massa Corpórea [IMC], classificação Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease [GOLD], modified Medical Research Council Dyspnea Scale [mMRC], Teste de Caminhada de Seis Minutos [TC6M], Dinamometria, Manovacuometria - Pressão Inspiratória Máxima [PiMáx], Tipo de Terapia Medicamentosa, Índice de Tiffeneau-Pinelli [IT] e o Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo [VEF1]). Após a conclusão da avaliação, os dados serão analisados e correlacionados entre si. O estudo se encaixa como parte assistencial de um estudo submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), aprovado com o número de parecer 255.321. Resultados: Foram avaliados 11 pacientes, com idade média de 67±9 anos, predomínio para o sexo feminino (n=9; 82%) e IMC médio de 27±7 kg/m². Referente ao perfil de DPOC dos pacientes, a classificação GOLD teve prevalência da categoria “3B” (n=5; 45%), mMRC médio de 3±1, distância média do TC6M de 291±79m, dinamometria de 23±7kgf, PiMáx média de -49±-22cmH2O, o tipo de terapia medicamentosa foi majoritariamente tripla (n=9; 82%), IT médio de 60±14% (77±18%) e VEF1 médio de 1,16±0,35L (51±14%). Após a análise da espirometria, observou-se que os valores indicam um perfil de pacientes obstrutivos moderados. Entretanto, 5 pacientes apresentaram VEF1<50% predito, resultado que está relacionado com uma pior sobrevida. Verificou-se que o baixo valor do TC6M, considerado insatisfatório de acordo com Celli et al. 2016, está diretamente ligado à baixa capacidade funcional dos participantes avaliada na dinamometria e a um maior risco de mortalidade dos participantes segundo Holland; Spruit; Troosters, 2014. Ademais, o alto valor do mMRC e da classificação GOLD demonstram um quadro clínico significativamente desfavorável, e corroboram com o valor reduzido da PiMáx, o qual foi calculado 62% do valor predito para o sexo feminino de acordo com Neder et al., 1999. Conclusão: O perfil clínico dos participantes do serviço de RP é de pacientes prevalentemente com grau obstrutivo moderado, GOLD “3B” (n=5; 45%) e mMRC 3±1, os quais apresentam manifestações clínicas significativas, e portanto demandam a necessidade da realização do protocolo de RP através da dança.

Published

2025-11-12

How to Cite

Santos Pereira, S., Carneiro Portela, S., Nunes Amaral, L. C., Novaes Siqueira, V., Ferreira de Andrade Lima, T., Ivan Soares, J., … Henrique da Costa, C. (2025). PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA PARTICIPANTES DE UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO PULMONAR ATRAVÉS DA DANÇA. Revista Pulmão, 33(3), 1–2. Retrieved from https://www.revistapulmaorj.sopterj.com.br/index.php/ojs/article/view/219

Issue

Section

Suplementos PNEUMO-IN-RIO 2025